quarta-feira, 30 de junho de 2010

Brilho de uma Paixão

Brilho de Uma Paixão é um filme belo. Belo na fotografia, no figurino e na trilha sonora. Mas o roteiro é incrivelmente maçante. É semelhante às histórias de Jane Austen, mas passa do ponto com diálogos cansativos e rebuscados demais, com sucessivas e enjoativas declamações de poemas.

O filme trata da história real da relação do poeta John Keats com a bela Fanny Brawne. Keats ainda está longe de ser reconhecido como um dos grandes poetas românticos do país e Fanny
é uma moça que se interessa por moda e frequenta os bailes da época.

Eles se encontram regularmente em chás, jantares, bailes e tardes ociosas e acabam... Advinha? Se apaixonando! O amor entre ele é como todo romance de época: impossível.
Keats não ter renda fixa para propor Fanny em casamento, na verdade ele esta cheio de dividas. Mas o amor deles vai crescendo e nem o bom senso, nem a implicância do amigo de Keats, Sr. Brown, nem a distancia consegue diminuir esse amor. Até a chegada do inverno que faz Keats ficar muito doente, deixando claro qual será o final do romance deles.

Se eu soubesse alguma coisa que fosse sobre a vida e obra do poeta John Keats, talvez eu tivesse achado um pouco mais de graça no filme ou então eu teria assistido "O Golpista Do Ano" que sem duvida, teria sido mais divertido.

Fanny, que logo nas primeiras cenas parece ser uma mulher a frente de seu tempo acaba se mostrando exatamente aquilo que o amigo de Keats, Sr. Brown, diz; uma moça mimada e fútil que só sabe falar sobre roupas. Em certas cenas, aquelas onde Fanny se debulha em lágrimas, parecem ser horrivelmente forçadas.

No final das contas nem toda poesia era de se jogar fora, pelo menos meu lado piegas achou isso.

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