terça-feira, 1 de junho de 2010

Alegria de pobre dura pouco e nada que é bom dura para sempre.

Desde o dia das mães minha mãe não volta pra casa.

Ela fez as malas e pegou um avião para o sul, o que ela foi fazer não quis nem saber, eu estava super feliz por não ter que dividir o mesmo teto com ela pelo resto da semana.

Pois bem, uma semana se passou, então duas e agora já são três. Ela ligou umas quatro vezes e mandou uma carta. Uma carta! Com um poema. UM POEMA! O poeminha pedia para que as filhas não a deixassem se sentir culpada por viver o momento dela e aproveitar toda a magia e beleza e blá blá blá. Uma palhaçada.

Nessas três semanas minha casa nunca ficou tão limpa, nos últimos 21 dias não houve nenhuma briga entre minha irmãs e eu (fato esse inédito e memorável!) e eu estou me sentindo muito bem, tão bem quanto eu não sentia desde o ensino médio. Eu arrumei meu quarto pela primeira vez no ano, fiz o almoço quase todos os dias até agora... É uma maravilha.

MAS...

Ela vai voltar.

Foi muita ingenuidade minha pensar que não, que ela ia ficar andando pelo país para sempre. Ela volta agora no feriado com a desculpa de que vem pegar a nova carteira de motorista dela. Me diz o que que funciona durante um feriado prolongado? NADA. É a maior lorota, ela vai voltar e tudo vai voltar como era: a casa um nojo, todo mundo brigando o tempo todo e eu... Nem quero pensar nessa ultima parte.

Ouvindo Vampires Weekend - Jonathan Low

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