Eu tenho medo da minha memória. É inconveniente. As lembranças vem a tona quando menos espero. Eu registro tudo, nunca me esqueço de nada. Nada. Datas, olhares, lugares, palavras... Principalmente palavras.
"...transporta responsabilidade da sua própria falta de capacidade com as pessoas a sua volta..." - Ainda lembro de casa letra... E me pergunto aonde ele é melhor que eu?
"...você não é prioridade..." - O maior cristão do mundo! Hipócrita.
"...tão cavernosa..." - Ainda me olho o espelho procurando pelo bigode, nunca achei...
"...bissexual é raça do inferno..." - Como se as sapatões fossem exemplares.
"...com bi não rola sentimento..." - É muito estranho escrever sabendo que você lê o blog...
"... Você só faz isso para chamar atenção, você não gosta, eu sei que não gosta..."- minha ex-melhor amiga.
"... se esfregando em outra mulher, Renata, que nojo!" - essa foi a minha distinta mãe. Não é adorável o sentimento materno?
"... Fala sério, você foi pra igreja só pra caçar homem!" - Também da minha ex-melhor amiga.
E as datas: 03 de Março, 30 de Dezembro, 01 de Janeiro, 03 de Janeiro, 25 de Abril, 19 de Outubro, 30 de Julho, 17 de Novembro, 27 de Dezembro, 06 de Março... Sem perceber me pego contando meses, anos a partir dessas datas. A maioria são acontecimentos ruins, mas alguns até que foram muito bons. Não é intencional, não sou masoquista a esse ponto. Como disse, elas me pegam de surpresa, traiçoeiramente...
Como hoje, 05 de Janeiro.
A um ano atrás... Mas eu não quero lembrar... Não quero.
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